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terça-feira, 18 de outubro de 2011

CAPACIDADE DE DECISÃO NA FORMAÇÃO


Mais uma vez falo do futebol de formação, desta vez na capacidade de decisão, aspecto quanto a mim fundamental na formação do atleta!
No desenvolvimento do jovem atleta considero importante que existe espaço para a criatividade, para o imprevisível porque é assim que se assiste a momentos únicos no futebol, mas sobretudo que sejam eles a tomar a decisão do que fazer.
Se estivermos atentos, quando assistimos a um jogo de futebol dos escalões jovens, por vezes parece que estamos a ver o treinador jogar, ou a jogar Fifa no seu computador, basta estar atento ao Feedback que o treinador passa aos seus jovens atletas que durante o jogo não passa do «passa», «chuta», «corre», «cruza», «vai», «vai para cima dele» «agora», «joga para o...» entre outros Feedback que agora não recordo mas com o mesmo sentido.
Muitas vezes pergunto a mim próprio se quem o faz não tem a noção que está a destruir a capacidade intelectual do jovem atleta não o deixando tomar decisões e tornando o jogador quase peças mecânicas.
Conseguirá um atleta deste interpretar o jogo? claro que não, está a ser guiado por um treinador ainda mais perdido que ele que tenta controlar cada jogador como se estivesse a jogar play station que lhe retira toda a capacidade criativa.
A que se deve isto? Deve-se á capacidade desmedida de lutar pela vitoria, mas da parte do treinador, a vitoria também é importante para o jovem atleta, mas não é a sua principal motivação.
Mais que os aspectos tecnico-tácticos é importante os jovens perceberem o jogo, terem capacidade de antever o que vai acontecer e para isso não devem ser comandados mecanicamente, mas ser eles próprios a criar a sua dinâmica, quer mental quer física e um treinador tem de compreender isso!
É importante o jovem desenvolver por ele próprio a capacidade de pensar de forma rápida de modo a tomar a decisão porque ele está no seu momento de aprendizagem, seja em treino, seja em jogo, se não tivermos capacidade para perceber isso...

«A vida é uma aventura aberta, exposta. Não protejam as crianças. Fortifiquem-nas interiormente para que brinquem bem com qualquer espécie de brinquedo ,as crianças têm mais necessidade de modelos do que de críticas»

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