No futebol para nós treinadores o que dita o sucesso ou o insucesso é o resultado. Tão depressa somos bestiais como a seguir bestas, se nos seniores aceito isso na formação não aceito!
A meu ver na formação os resultados devem ser relativizados, a formação de jovens é mesmo isso que a palavra indica, FORMAÇÃO, não só ao nível desportivo mas também cívico e ético.
Logo o treinador deve ser avaliado pela sua competência em aspectos mais relevantes, por aspectos que marcam a vida de um atleta, um desses é sem dúvida a metodologia de treino, sabemos que ainda nos dias que correm e que é fácil chegar a Internet e informar-se de tudo, apesar disso ainda existe quem tenha metodologias completamente desajustadas e até perigosas.
As metodologias devem estar adaptadas com as particularidades de cada faixa etária.
Outro aspecto importante é a capacidade de diálogo quer para atletas quer para pais, para o atleta é importante porque na fase de aprendizagem precisam de alguém que os guie, que esteja disponível para os ouvir, corrigir, incentivar e o treinador também deve funcionar como um amigo, um educador porque sabemos que cada vez mais os pais tem menos tempo para os filhos e muitas vezes acabam eles por ser a causa do abandono dos filhos do futebol, quantas vezes vimos os pais de briga com o treinador porque o filho não joga ou joga pouco, conforme a circunstancia o treinador ou é besta ou bestial, na verdade os pais devem focar-se naquilo que é mais importante para o futuro do seu filho que é feito ao nível da formação ética/cívica e em todo esse trabalho que um treinador de formação faz e esquecer os resultados porque o importante em formação é formar! E formar não faz parte os pais estarem de fora do campo a dizer para o seu filho fazer diferente do que o treinador indica, isso só causa desconforto e pressão num miúdo que se vê ali sem saber o que fazer, respeitar o pai ou o treinador que o treina, como reagiriam se um treinador questiona-se um empreiteiro de obras que a casa que estava a fazer não é feita assim?
A meu ver na formação os resultados devem ser relativizados, a formação de jovens é mesmo isso que a palavra indica, FORMAÇÃO, não só ao nível desportivo mas também cívico e ético.
Logo o treinador deve ser avaliado pela sua competência em aspectos mais relevantes, por aspectos que marcam a vida de um atleta, um desses é sem dúvida a metodologia de treino, sabemos que ainda nos dias que correm e que é fácil chegar a Internet e informar-se de tudo, apesar disso ainda existe quem tenha metodologias completamente desajustadas e até perigosas.
As metodologias devem estar adaptadas com as particularidades de cada faixa etária.
Outro aspecto importante é a capacidade de diálogo quer para atletas quer para pais, para o atleta é importante porque na fase de aprendizagem precisam de alguém que os guie, que esteja disponível para os ouvir, corrigir, incentivar e o treinador também deve funcionar como um amigo, um educador porque sabemos que cada vez mais os pais tem menos tempo para os filhos e muitas vezes acabam eles por ser a causa do abandono dos filhos do futebol, quantas vezes vimos os pais de briga com o treinador porque o filho não joga ou joga pouco, conforme a circunstancia o treinador ou é besta ou bestial, na verdade os pais devem focar-se naquilo que é mais importante para o futuro do seu filho que é feito ao nível da formação ética/cívica e em todo esse trabalho que um treinador de formação faz e esquecer os resultados porque o importante em formação é formar! E formar não faz parte os pais estarem de fora do campo a dizer para o seu filho fazer diferente do que o treinador indica, isso só causa desconforto e pressão num miúdo que se vê ali sem saber o que fazer, respeitar o pai ou o treinador que o treina, como reagiriam se um treinador questiona-se um empreiteiro de obras que a casa que estava a fazer não é feita assim?
6 comentários:
Caro joão este era um tema que dava pano para mangas, entendo o seu lado de treinador e sou da opinião que os pais tambem devem ser ouvidos e voce diz tudo quando existe metodologias que estão fora da realidade, por exemplo o meu filho que tem 17 anos a poucos dias chegou a casa e disse-me que queria deixar o futebol porque estava farto de correr 30 minutos a volta do campo sempre que treina e não falta a um treino e depois perde o lugar para quem não treina, possivelmente a nossa interferencia começa ai, não sei se o joao é pai mas de certeza que não devia de gostar de ver uma situaçao assim com o seu filho, como diz e bem o treinador deve ser alguem especial na vida do atleta , na sua formaçao,e com estas injustiças não o pode ser, concorda? um miudo não pode desenvolver a sua aptidão pelo desporto sentido-se injustiçado não acha?
E voce que é treinador pergunto-lhe uma coisa que sabemos que é assim que se passa, os treinadores de formação só o são por curiosidade, a maioria não tem conhecimentos do que faz, jogou, gosta de ajudar( pensa que o faz)mas não tem conhecimentos para o fazer e isto tudo porque o futebol de formaçao não envolve dinheiro por isso se o João receber um convite de formaçao e de uma equipa senior com objectivos competitivos optará pela senior porque é onde é pago, certo?
por isso deixo um apelo a presidentes de clubes, façam um esforço para terem pessoas competentes a frente da formaçao, as vezes basta um cordenador para cordenar todo o futebol e criar condições optimas de treino aos miudos, é possivel existirem parcerias entre municipios e clubes e ate empresas, mas gostaria de ouvir a sua opiunião pois sou um leitor assiduo do seu blog e sinto que tem muita paixão pelo futebol e parece-me que um modo de estar correcto, lamento a sua saida da forma que foi do Electrico mas ao mesmo tempo deixou a sua marca não só em termos desportivos mas sobretudo de caracter.
Um abraço e continue com estes textos cheios de interesse e fale mais da formaçao
Boas sr Carlos,
realmente este é um assunto que dá pano para mangas como diz,é preciso bom senso entre todos para que a relaçao entre as tres partes funcione!
não sou pai e entendo esse seu ponto de vista e cada treinador tem os seus métodos, se me perguntar se esses são correctos ou não...se os resultados forem bons são! se me perguntar se os utilizo...respondo que não, mas como disse cada treinador tem sempre os seus métodos, concordo consigo quando diz que a maior parte dos treinadores prefere trabalhar onde ganha dinheiro mas tambem tem a ver com a falta da competição propriamente dita e porque na formaçao o nosso trabalho não tem tanta visibilidade, em relaçao a mim tudo depende dos objectivos.
Em relaçao ao facto do seu filho treinar e não ser convocado e trocado por outro...é o tal problema que falei e o sr tambem, muitas vezes as pessoas que estão em formaçao não tem a sensibilidade que é preciso principalmente quando se trabalha com miudos, devem existir regras que todos devem respeitar, agora o tratamento nunca pode ser igual, cada criança tem um modo de ser, nenhum reage da mesma forma, mas a questão do treinador deve ser sempre da responsabilidade do clube e qual será o seu objectivo, agora as responsabilidades tecnico-tácticas-pedagógicas serão sempre do treinador e não concordo que os pais interfiram nessa área, deve ser o clube a interferir se as coisas não estiverem a correr bem!
abraço
Claro que tem razão nalgumas coisas, o treinador deve fazer o seu trabalho mas enquanto pai tenho o direito de acompanhar o meu filho e dar a minha opinião, posso dizer-lhe que a primeira reação que tive quando o meu filho me disse que queria deixar o futebol foi precisamente dar-lhe apoio para trabalhar mais para levar o treinador a mudar a sua opinião, agora tambem tenho a consciençia que o sr treinador pode querer ajudar mas não tem conhecimento para o fazer, como em todas as profissoes so devemos exercer quando sabemos o que realmente estamos a fazer ainda mais quando se trabalha com miudos.
Mas como sabe nem todos os clubes tem possibilidade de ter alguem formado mas penso que tambem tem que existir bom senso nas escolhas porque na minha opinião andar a correr meias horas, andar com m miudos as costas e esse tipo de treino militar penso que ja não se usa e isso so leva a afastar os miudos e noto as diferenças na vontade dos miudos em treinar ou nao consoante o treinador que tem.
Boas João.
Concordo com tudo o que foi dito. Até com o 1º comentário. E passa muito por aí. Por as condições que são proporcionadas a quem trabalha na formação, quer a nível do investimento para o treinador, mas principalmente pelas condições ao nível do espaço e equipamentos desportivos que são disponibilizados. Veja-se quantas equipas não treinam em cabeceiras ou sobre meio campo, com número de bolas limitadas ou sobras da equipe sénior, sem acompanhamento de massagistas e por vezes de dirigentes, e claramente menosprezados por a própria estrutura. Dou o exemplo da cidade de Beja: 1 clube com iniciados, juvenis e juniores, outro com 2 escolas, 2 infantis, 2 iniciados (1 em nacional), 1 juvenil e 1 junior, um 3º e 4º clubes com escolas e infantis. Tudo isso junto a 2 equipa de sénior (em cada semana, pois a outra está no relvado principal) e 2 equipas de rugby, séniores e juniores. Tudo isto para 2 espaços: Um pelado obsoleto e um sintético sem espaço para alem do rectangulo de jogo. O resultado podes imaginar qual é. Equipas a jogar em campos relvados completos sem uma unica unidade de treino em campo completo e muitas vezes passando semanas inteiras sem pisar o tipo de terreno em que vão jogar e o espaço físico que encontrarão em jogo. Como se consegue trebalhar assim? Depois ao fim de semana surgem as normais criticas de publico e pais: "não rematam à baliza (há treinos em que não têm balizas...), não têm pernas para subir no terreno (treinam muitas vezes em espaços esiguos...), não se colocam bem no terreno (experimente em juniores a trabalhar um 11x11 em meio campo)" etc, etc. Este é mais um problema associado aos muito bem enumerados. Só mais um exemplo. O CDBeja foi a unica equipa baixo alentejana presente no novo modelo competitivo de juniores na 1ª divisão. Defrontou Sporting,de Bento Moutinho, etc, Benfica, Belenenses, Estrela, Alverca, Estoril, etc etc. Existe a obrigatoriedade na 1ª divisão de ser jogada em relva. A equipa treinava 2 vezes em meio campo de pelado, 1 vez em relva natural, não podendo pisar a zona das balizas, e 1 dia num viveiro de 20x20 que de inverno, alem do piso, não tinha iluminação suficiente. Resultado? Mesmo com uma grande equipa dos bons valores da altura, que hoje com 22 anos pontificam a sua grande maioria em equipas de 3ª divisão (Castrense) ou nas melhores de 1ª distrital, desceu com grande diferença pontual. Abraço e desculpa a ausência
Carlos Guerreiro
Tudo bem Carlos, primeiro que tudo parabens por teres voltado a actividade e desejo-te boa sorte.
É verdade, o futebol de formaçao está sempre condicionado pelos seniores em termos de estruturas, existe muitos poucos clubes onde se aposta só em formaçao mas penso que com as novas alterações muitos clubes irão apostar so na formação.
Mas é importante a participação de todos e existir compreensão com que trabalha no campo não interferindo no seu trabalho.
Realmente concordo com tudo o que aqui foi dito, mas a verdade é que quando os clubes não virem a importancia que tem formar as coisas continuarão sempre assim, o futebol senior é que fica com o dinheiro, logo não é apelativo para nos treinadores estarmos na formação, felismente muitos clubes e aqui no concelho de Santarem os clubes ja a algum tempo que vem apostando em coordenadores a temo inteiro e tem-se observado as melhorias que existem e penso que devem ser as apaostas do futuro ate pelas novas formas que vao existir terminando com a terceira divisão.
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