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sábado, 4 de julho de 2009

PORTUGAL NO MUNDIAL COREIA/JAPÃO, RELATÓRIO DE ANTONIO BORONHA

Todos se recordam da fraca prestação da selecção nacional no Mundial 2002 Coreia/Japão, orientada pelo seleccionador António Oliveira, depois de ler este comunicado é fácil chegar-se a conclusão que quem detém muito poder pode chegar onde quiser mesmo sem ter qualidade, mas o tempo será sempre a maior prova que sem qualidade não se chega longe.
Deixo o comunicado feito por António Boronha sobre o que se passou no Coreia/Japão 2002.


'Relatório Boronha'
1. António Oliveira, Seleccionador Nacional mudou. Passou a ser uma pessoa diferente a partir do final da fase de qualificação para o Campeonato do Mundo de 2002.
2. Na fase de qualificação, apoiou-se numa estrutura técnica que integrava José Romão e Rui Caçador, sendo o primeiro a estabelecer toda a programação de treino e preparação de jogos, executando os dois um plano pré- programado.
3. António Oliveira apoiou-se nesta fase numa estrutura logística e administrativa conduzida pelo Director do DDT, Carlos Godinho.
4. Os dois treinadores nacionais, juntamente com Carlos Godinho encontravam no Vice-Presidente Desportivo um pólo aglutinador que em conjunto com o Seleccionador Nacional numa primeira linha e com o Presidente da Direcção, Gilberto Madaíl, sancionavam o programa.
NOTA 1 - Até Dezembro de 2001, pese embora o facto que António Oliveira sempre seguiu a lógica conhecida, “que quando sente vontade de trabalhar reflecte e descansa”, o trabalho de retaguarda assegurou sempre as condições mínimas que possibilitaram o êxito sem esquecer a conhecida e não negada “intuição” de António Oliveira para e gestão, ao minuto, dos respectivos jogos de qualificação.
5. A partir do amigável com a Espanha, em Barcelona, a 13 de Fevereiro António Oliveira mudou: Concretamente: com a entrada do Dr. José Soares (ou talvez não), José Romão e Rui Caçador deixaram de ser os suportes técnicos de António Oliveira.
6. Veja-se a entrevista à revista “Pública” de 28 de Maio, onde passo a citar: “Alguém dizia: se quiseres que uma coisa não resulte, forma uma equipa técnica”.
7. Nessa mesma altura, em 13 de Março de 2002, numa reunião preparatória do Campeonato do Mundo, com o Vice-Presidente e o Presidente da FPF, introduziu a primeira conflitualidade com o Director do DDT, Carlos Godinho. Contestou a sugestão para treinador observador de jogos que indicava Agostinho Oliveira e Silveira Ramos, treinadores da FPF com capacidades para exercerem o cargo. Disse na altura que a decisão lhe competia, tendo posteriormente convidado o treinador Manuel Gomes (Neca) para o cargo pondo perante o facto consumado o Presidente da FPF, que telefonou ao Vice-Presidente para o informar do mesmo.
8. Posteriormente assisti a um degradar de relações pessoais entre António Oliveira e Carlos Godinho, sempre por iniciativa do primeiro, que culminou numa reunião em 03 de Abril de 2002, numa sequência de acusações infundadas do primeiro ao segundo, testemunhadas por mim e pelo Presidente da FPF, que se limitou a dizer ao Director do DDT que “deixasse de falar ao telefone com os jogadores da Selecção Nacional”. Tive, na altura, uma intervenção defendendo a dignidade e o profissionalismo do Director do DDT perante as afirmações que na altura foram proferidas pelo Sr. António Oliveira. Lamentavelmente essa reunião concluiu-se por um pedido formulado pelo Presidente da FPF, aos presentes, para que fizessem o jogo do faz de conta (que estava tudo bem).
9. Cumpriram o Vice-Presidente e o Director do DDT, as regras sugeridas pelo Presidente da FPF, que segundo o mesmo, eram ditadas pelos interesses da participação da Selecção Nacional no Mundial de 2002.
10. Nessa altura foi sugerida pelo director do DDT, Carlos Godinho, na presença dos médicos Nuno Campos e Henrique Jones e do fisiologista José Soares uma reunião preparatória da campanha do Mundial da Coreia e do Japão com a participação do Vice-Presidente e com a presença de todos os elementos da Comitiva Nacional, à excepção dos jogadores com o intuito de informar os mesmos das condições que iriam encontrar quer em Macau, quer na Coreia e/ou no Japão, situações essas estranhas e diferentes do nosso quotidiano, no sentido de atenuar eventuais choques e de ajudar todos os elementos e cada um na sua acção específica, a melhor enquadrarem os jogadores para uma raridade social, cultural e geográfica completamente diferente. Tal sugestão não teve seguimento por parte do Seleccionador Nacional.
11. Não cumpriu o Seleccionador Nacional essas regras.
12. Não elaborou, como era da sua competência, a programação da Selecção Nacional. A mesma foi feita pelo Director do DDT, que o informou via faxe, tendo o Seleccionador Nacional concordado com o seu conteúdo.
13. Informei, na altura, o Sr. Presidente da FPF de todos estes problemas, acrescentando que as coisas não estavam a correr conforme as regras “que ele tinha proposto” (o faz de conta), antes, segundo estados de espírito e interesses momentâneos de terceiros (novos gurus) que nada de bom auguravam.
14. Entretanto, o Seleccionador Nacional anunciou que se iria casar no dia 11 de Maio de 2002.
- A partir do jogo com a Espanha esteve muitas mais dias presente no Departamento Desportivo e Técnico da FPF o Vice-Presidente, que exerce um cargo eleito e não remunerado do que a responsável directo pela preparação da Selecção Nacional para a Campeonato do Mundo, Seleccionador Nacional, António Oliveira.
15. Na semana que antecedeu o dia 11 de Maio, o Seleccionador Nacional mandou o seu advogado, Dr. Dias Ferreira, entregar ao Presidente da FPF um documento onde exigia, entre outras coisas, a alteração do seu regime contratual e, simultâneamente, a redução dos poderes do Director do DDT, Carlos Godinho.
16. Foi-me dito informalmente pelo Sr. Presidente, na altura com um misto de indignação e repúdio que lhe respondera que essas questões só seriam discutidas após o Mundial.
17. Entretanto, a comunicação social publicou, em data anterior à convocatória, fotografias elucidativas mostrando alguns jogadores (Fernando Couto, Nuno Gomes e Petit) equipados com a camisola do Boavista a fazer trabalho específico sobre a orientação do fisiologista José Soares.
18. No dia 12 de Maio de 2002, véspera da divulgação da convocatória da Selecção Nacional para o Campeonato do Mundo, esteve o Director do DDT, Carlos Godinho -- conforme tinha combinado com o Seleccionador Nacional – à espera desde as 21 até às 24 horas que o mesmo o informasse da lista de jogadores.Nota 3 - Compreende-se que a norma, senão regulamentar; pelo menos, ética, que os clubes que dispensam jogadores às Selecções Nacionais deverão ser informados em primeira mão, não foi aplicada. Tal não foi possível fazer porque:
19. O Seleccionador Nacional, depois de várias peripécias menores, só informou o Vice-Presidente e o Director do DDT no dia 13 de Maio de 2002, pelas 12h36, através de um papel manuscrito e rascunhado dos 23 nomes a seleccionar. Mais:
20. Pediu nesse momento, ao Vice-Presidente que autorizasse a convocatória de um vigésimo quarto jogador – Ricardo Quaresma, que pudesse eventualmente colmatar deficiências físicas da lista dos 23 nomeados.
21. Foi-lhe na altura recordado pelo Vice-Presidente – o que ele parecia desconhecer – que a lista definitiva a submeter à FIFA tinha como prazo limite o dia 21 de Maio. Pelo que, as reservas que introduzia não eram aceitáveis e ridicularizariam a convocatória portuguesa perante os outros 31 participantes que tinham anunciado ou iriam anunciar 23 jogadores.
22. Foi a convocatória na altura divulgada à Comunicação Social, redigida no hotel onde se iria realizar a conferência de imprensa numa folha de papel avulsa, com o timbre da FPF, facultada pelo Vice-Presidente ao Assessor de imprensa, José Carlos Freitas.
23. Salvou-se, momentaneamente, a honra do convento.
24. Dia 13 de Maio, às 23h00 iniciou-se a convocatória para o Mundial.
25. Nessa noite, o Seleccionador Nacional informou o Director do DDT que tinha uma leitura diferente sobre a concentração e que para ele a mesma só começava a 16 de Maio, tendo-se ausentado e dormido fora do hotel.
26. Ainda nessa noite, comunicou o Vice-Presidente a todos os integrantes da Comitiva Oficial, excluindo os jogadores que já o sabiam anteriormente, o esquema de prémios de presença pela sua participação no Campeonato do Mundo.
27. O prémio do Seleccionador Nacional, António Oliveira, seria de acordo com o Presidente da FPF, tratado entre ambos.
28. Da totalidade dos restantes elementos, registei e informei o Sr. Presidente da FPF e posteriormente o Seleccionador Nacional, da recusa em assinar a carta informativa subscrita pelo Dr. Gilberto Madaíl por parte do treinador de guarda-redes Silvino Louro, que na presença do Director do DDT me disse: “Só assino a carta se não pagar impostos”; “Assino a carta, mas vocês têm que aturar a minha azia durante o Mundial”.
29. Disse na altura que não aceitava os termos da resposta, por a considerar nada educada quanto à primeira reacção. Quanto à segunda reacção informei que a azia dele, no extremo Oriente, duraria somente 24 horas, porque seria metido no primeiro avião para Lisboa.NOTA 4 - Tenho neste momento em meu poder todas as cartas assinadas, à excepção do treinador Silvino Louro, que posteriormente, já em Macau, quis assinar e não permiti; e a do Sr. Seleccionador Nacional que até ao momento desconheço todo e qualquer seguimento sobre o assunto.
30. No dia 14 de Maio de 2002, com início às 7 da manhã, procedeu-se à despistagem de substâncias dopantes a 22 convocados (com excepção do Luís Figo, que se preparava para disputar a final da Liga dos Campeões, feita por uma equipa liderada pelo Dr. Luís Horta, Director do Centro de Medicina Desportiva, que para o efeito se deslocou ao local do estágio, conforme pedido subscrito pelo signatário e pelos médicos Nuno Campos e Henrique Jones em 17 de Abril de 2002
ESTÁGIO EM MACAU
31. Começámos mal.
32. Chegados a Macau, cerca do meio dia (hora local), o signatário na primeira refeição que todo o grupo teve pelas 13 horas, viu o lugar de Chefe de Delegação que exercia de facto, por ausência do Sr. Presidente da FPF em Lisboa, ocupado pelo Seleccionador Nacional. O Vice-Presidente tentando usar a sua diplomacia e bom senso pediu ao Assessor do Presidente da FPF, Cmdt. António Sequeira e ao Director do DDT, que ao jantar informassem o Seleccionador Nacional do lapso.
33. Respondeu o mesmo que aquela cadeira sendo a número 4, era o seu número da sorte, pelo que não cederia o lugar a ninguém.NOTA 5 - Ironia do destino. O número 4, sempre que possível, é omitido na escrita chinesa. Significa: "morte".
34. Dentro do bom senso, foi acrescentada uma mesa a fim de permitir que o Chefe da Delegação efectivo ou em exercício ocupasse o lugar central.
35. Para abreviar enumeração de questões menores, passemos, de imediato, ao caso Kenedy.
36. Factual: o Seleccionador Nacional foi informado cerca da 1h00 (18h00 em Lisboa), imediatamente após o signatário ter acordado com o Presidente da FPF o regresso do jogador a Portugal, que existia um caso de doping positivo, pelo que solicitava que me indicasse o 23º jogador que substituísse o referido Kenedy.
37. Depois de curtas considerações, sugeriu a “irresponsabilidade” da FPF de ter feito a despistagem antidoping no LNAD. O Seleccionador Nacional retirou-se para o seu quarto, pese embora lhe tenha sido por mim solicitado que ficasse connosco e que me acompanhasse na informação ao jogador da lamentável ocorrência.
38. Disse o Seleccionador Nacional, na altura, ao Director do DDT para convocar o jogador Hugo Viana.
39. Pelas 6h08 do dia 22 de Maio. (23h08 do dia anterior em Lisboa), acompanhado do Director do DDT, dos médicos Nuno Campos e Henrique Jones, mais o treinador Rui Caçador, informei o jogador Daniel Kenedy do controlo positivo.
40. Pelas 7h00 da manhã colocámos no site da FPF um lacónico comunicado informando da decisão.
41. Pelas 7h30 (locais), o Dr. Nuno Campos, Chefe da Equipa Médica manifestou-me a sua disponibilidade para regressar de imediato a Lisboa.
42. Pedi-lhe que continuássemos todos no mesmo barco.
NOTA 6 - Como responsável directo pelo jogador, o Seleccionador Nacional manifestou durante todo este processo uma total desconsideração pelo homem Daniel Kenedy seu jogador, pelas questões do doping e uma total falta de solidariedade pessoal e institucional para com os médicos da Selecção Nacional.
43. Pelas 10 horas da manhã (locais), com absoluto desconhecimento do Chefe da Delegação em funções, o Seleccionador Nacional promoveu um plenário com toda a equipa médica, técnica e jogadores, onde durante 2 horas crucificou, promovendo um autêntico julgamento popular dos médicos Nuno Campos e Henrique Jones, e indirectamente da FPF, por terem promovido uma despistagem de substâncias dopantes junto do LNAC e não em qualquer outro laboratório semiclandestino, localizado algures na Europa e onde os resultados fossem confidenciais.
44. Jogámos contra a China e ganhámos por 2-0.
45. No dia 28 de Maio de 2002, no regresso do treino matinal, os jogadores sugeriram ao Seleccionador Nacional que no dia 29 lhes fosse concedida a tarde livre para fazerem compras e conhecerem melhor a cidade.
46. O Seleccionador Nacional respondeu de imediato no autocarro que “vocês têm é que treinar, nem pensem no assunto”.
47. No dia 29 de Maio, foi o signatário posto perante a sugestão por parte do Seleccionador Nacional da anulação do treino da tarde, promovendo em alternativa um passeio a Zuhai, na República Popular da China, a todo o grupo.
48. Encetadas pelo signatário as démarches necessárias para o efeito, foi o mesmo confrontado com um rotundo não por parte das autoridades policiais da RAEM por razões de segurança. Informado desta decisão, o Seleccionador Nacional pediu-me que continuasse a tentar, ao que eu lhe sugeri a alternativa de um passeio/compras a Macau.
49. Disse-me “tudo bem”, desde que funcionássemos em grupo e, como tal, fossemos todos.
50. Mesmo com as dificuldades de um pedido de última hora, foram as autoridades do IDM solícitas a responder ao nosso pedido, tendo disponibilizado dois autocarros às 15 horas em frente ao hotel.
51. Curiosamente, o “irmos todos” transformou-se em quase todos. O Seleccionador Nacional não só não participou na visita a Macau como, sem dar conhecimento ao Chefe da Delegação em exercício, se deslocou sozinho à cidade de Zuhai (vide documento nº 3).
52. Nessa noite de 29 de Maio, aliás já dia 30, dia da partida para o Campeonato do Mundo, pela 01h10 da manhã, saiu acompanhado pelos treinadores Manuel Gomes (Neca) e Silvino Louro, os três vestidos com roupa própria, diferente daquela que toda a comitiva usava na altura, sem dar qualquer satisfação ao Chefe da Delegação em exercício que os viu passar porque estava nessa altura no lobby do hotel acompanhado de três elementos da Delegação Oficial e do Eng. Bruno Alves e Arq. Gisela Assis, funcionários do IDM, que tinham ido apresentar despedidas e formular votos de felicidades à Selecção Nacional para o Campeonato do Mundo.
NOTA 7 - A mentira tem perna curta. Vide entrevista dada pelo Seleccionador Nacional à revista "Pública” no dia 26 de Maio na página 14: “Na Selecção há coisa que nunca faço: Sair do hotel. A pretexto de nada”.
53. Esperei até às 3h40 pelo regresso dos três elementos, tendo sido informado duas horas depois que os mesmos tinham chegado ao hotel, de carro, depois das 4h00 da manhã.
54. Atendendo a que me tinha sido pedido pelo Presidente da FPF que não exercesse autoridade específica sobre o Seleccionador Nacional, chamei às 7h30 da manhã os dois treinadores-adjuntos, separadamente ao gabinete da direcção instalado no hotel, a quem disse o seguinte na presença do Director do DDT, Carlos Godinho.
55. “Os senhores faltaram-me ao respeito e à FPF, não ao António Boronha, ao saírem do hotel sem um pedido de autorização ou qualquer explicação. Mais grave, faltaram ao respeito a 47 colegas vossos que cumprem as regras que os senhores (equipa técnica) definiram. Mas muito mais grave, com o vosso comportamento, os senhores estão a faltar ao respeito a milhões de portugueses que depositaram inúmeras esperanças no vosso trabalho”.
56. Pediram-me desculpas, mais o Prof. Neca do que o Silvino Louro, não tendo eu na altura aceite qualquer tentativa de explicação, pelo contrário:
57. Informei-os que – pensava eu – seriam de imediato metidos num avião para Portugal.
58. Nessa manhã, informei por telefone o Sr. Presidente da FPF, Dr. Gilberto Madaíl, que se encontrava em Seul num Congresso da FIFA, do ocorrido, e a quem pedi imediatamente que após a chegada da Comitiva Nacional à Coreia do Sul, ratificasse a minha posição.
59. Foi-me na altura dito que subscrevia inteiramente a minha posição e confirmou-me que não estaríamos (FPF) disponíveis para pactuar com situações semelhantes.
60. Disse-lhe ainda que atendendo à sua competência disciplinar directa sobre o Seleccionador Nacional, que o mesmo deveria falar com o Sr. António OIiveira sobre o assunto.
61. Curiosamente, ou talvez não, a partir do almoço do dia 30 de Maio, dia da partida para a Coreia, o Seleccionador Nacional nunca mais me dirigiu a palavra.
COREIA DO SULAbstendo-me de quaisquer outras considerações de ordem técnico/táctica sobre a participação da Selecção Nacional no Campeonato do Mundo, limitando-me a juntar três relatórios técnicos sobre os jogos que Portugal disputou produzidos pela Infordesporto, empresa que a FPF contratou em sessão pública e que o Seleccionador nunca utilizou, devo ainda acrescentar o seguinte:
62. Após a derrota com os Estados Unidos por 3-2, onde foi publicamente e unanimemente reconhecida a inabilidade táctica do Seleccionador Nacional (a famosa questão dos dois trincos), o mesmo promoveu no treino da manhã, de 6 Junho, a noticiada reunião que durou 52 minutos, para falar do quê?
63. Não das razões da derrota. Não da eventual falta de preparação do jogo. Não do desconhecimento da equipa adversária.
64. Mas da atitude desestabilizadora do Vice-Presidente António Boronha.
65. Eis a minha primeira grande falha: perdi o jogo com os Estados Unidos.Ainda somente mais uma questão. A última, mas não a menos importante:
66. Foi-me dito no jogo, Portugal-Coreia do Sul, aos 8 minutos, quando informava a equipa técnica do segundo golo da Polónia - o que numa qualificação em poule, não é despiciendo – que o Seleccionador Nacional não pretendia ser informado do resultado do jogo. Cada um que tire as suas concIusões, mesmo que algumas delas sejam bem estúpidas.
PRESIDENTE DA FPF
67. Do Presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Dr. Gilberto Madaíl, é com mágoa que tenho de dizer o seguinte: por razões que compreendo e que se prendem muito, a meu ver, com o próximo acto eleitoral da FPF, tentou sempre a postura da rolha – à tona de água, a qualquer custo.
68. Não apoiou institucional nem pessoalmente o Vice-Presidente Desportivo nem o Departamento Desportivo e Técnico nesta campanha.Sublinhado 1 - Sabia de tudo desde a primeira hora e nunca interveio;Sublinhado 2 - Cedeu sempre e continua a ceder à “chantagem” do Seleccionador Nacional, António Oliveira, no que respeita à posição de um Homem sério, capaz, responsável e solidário, o Director do Departamento Desportivo e Técnico, Carlos Godinho;Sublinhado 3 - Foi titubeante, sinuoso, pouco frontal e faltou-lhe solidariedade com o Vice-Presidente Desportivo aquando do controlo positivo do jogador Daniel Kenedy;Sublinhado 4 - Não actuou disciplinarmente nem sequer admoestou o Seleccionador Nacional e os treinadores Manuel Gomes (Neca) e Silvino Louro aquando da gravíssima quebra de disciplina e de espírito de grupo na sequência do “passeio” da madrugada de 30 de Maio. Mais: aceitou uma “estória” perfeitamente descabelada que os mesmos lhe impingiram dois dias depois.Sublinhado 5 - Decidiu, contra a opinião expressa do Vice-Presidente Desportivo na reunião de Direcção de 10 de Maio autorizar a celebração de um contrato por parte do Departamento de Marketing, Comunicação e imagem da FPF, que viola os direitos individuais de imagem dos jogadores da Selecção Nacional, tendo tal facto tido repercussões graves na estabilidade desejada para o grupo de jogadores enfrentar a campanha do Mundial.
ANTÓNIO BORONHA
69. Só aceito uma - muito grande - acreditei, quase até ao fim, em pessoas que provaram à saciedade que não servem. Com a minha ingenuidade contribuí para a frustração de milhões de portugueses. Esta minha posição de hoje só tem um objectivo: contribuir, modestamente, para que antes do Euro'2004 o que está mal seja rectificado, quem esteve mal saia de cena e não mais se atravesse nos caminhos da Selecção Nacional para que, de novo, os adeptos portugueses possam ter as alegrias que este ano lhes foram frustradas

3 comentários:

João Prates disse...

Ho velho tens que ter mais calma pa! mesmo com essa idade e sem te mexeres queres é ganhar e o nervo ainda ta a flor da pele e toma de discussão! eheheh, mas tens que entender que estes toneios são mesmo assim, as pessoas que são arbitros querem ajudar mas em jogos de pressao e discutidos como os de hoje acabam por errar mas penso que não é por mal!
de qualquer das formas fiquei supreendido pela tua equipa, deu muita luta e com 5 acho que não perdiam e perante uma boa equipa e que joga no distrital de futsal isso é de louvar!
entao e teinar, ja ouvi tanta coisa como vai ser a nova epoca?
abraço

Joao Prates, disse...

Um pouco as escuras porque não estou a ver quem és mas deves ser bom rapaz de certeza, pelo nome!lolol!
è verdade,estes torneios sao mesmo assim, é para matar as saudades e as discussoes fazem parte, lolol, são coisas de momento com o calor do jogo e tudo passa depois embora cada um defenda a sua dama!
Quanto a treinar está tudo decidido e so estou a espera da epoca começar, quanto ao que se diz...se calhar é porque alguns não tem muito que fazer! lolol
abraço

Anónimo disse...

um gajo é roubado e ainda tem de ouvir estas tretas...já viram isto!?
fonix... pode ser que ainda tenham dissabores